segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O predomínio dos minifúndios

A agricultura portuguesa é uma das menos desenvolvidas da U.E, apresentando muitas fragilidades que impedem o seu desenvolvimento. Uma dessas fragilidades está relacionada com o tipo de sistemas de produção agrícola existentes, que em Portugal são minifúndios e latifúndios. Com um elevado número de minifúndios a nossa agricultura não desenvolve, pois não se consegue utilizar máquinas para trabalhar o solo e por conseguinte para promover a sua rentabilização. A dimensão e estrutura das explorações agrícolas são pequenas comparativamente a outras dos diferentes países da U.E que apresentam uma dimensão média de 8.1 ha. Assim, as minúsculas explorações e o pequeno número de latifúndios condicionam e muito o desenvolvimento da agricultura.
Existe uma clara zona onde a predominância dos minifúndios é elevada.Essa zona é a zona do Norte, Beira Litoral.

As características da população agrícola portuguesa

O nível de instrução e os conhecimentos que os agricultores têm actualmente, na medida em que esta é a mais limitativa de todos, na medida em que a ausência de ideias inovadoras a agricultura fica condicionada e menos competitiva. A população é idosa e tem poucos recursos financeiros.

A redução da produção e o aumento da dependência externa

o governo devia formar agricultores modernos para desenvolver a agricultura, na medida em que o país é um dos principais ganhadores, pois quanto mais produtos o nosso país exportar maior vai ser o PIB, e com uma agricultura auto-suficiente para o país só se têm vantagens porque não ficamos a depender de outros países. Assim, para tornar a nossa agricultura portuguesa competitiva é necessário erradicar todas as fragilidades actualmente existentes, pois só desta forma conseguiremos tornar o nosso país mais forte em termos de exportação e consequentemente em termos económicos.

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

A adesão de Portugal à U.E a nível agrícola foi catastrófica, uma vez que a entrada do nosso país foi marcada pela renovação da política agrícola comum. Quando Portugal entrou para a U.E esta já era excedente a nível de produtos agrícolas, não querendo produzir mais e pagavam para produzir e para armazenar, portanto a entrada foi desvantajosa para a nossa agricultura pois esta ficou desde logo limitada devido ao facto de já existir um excesso de produtos, não se podendo desta forma produzir mais, assim o desenvolvimento agrícola ficou precocemente comprometido.A agricultura portuguesa está em recessão devido às medidas impostas pela nova PAC que faz com que Portugal não se desenvolva a nível agrícola. Os outros países da U.E. têm uma mentalidade para o progresso da sua agricultura, logo esta é bem mais desenvolvida e como tal as cotas de mercado destes países são elevadas, contribuindo para a formação de excedentes agrícolas. Os incentivos comunitários para o desenvolvimento da agricultura não foram aplicados para esse fim o que leva a que não haja um desenvolvimento da agricultura portuguesa, fazendo com que esta não seja significante nas contas de produtos da união europeia. Portugal ficou limitado na sua produção agrícola devido às cotas impostas pela U.E e quando não se cumpre essas cotas elas são passadas para outros países que produzam mais e produtos mais diversificados.Em suma, a adesão de Portugal à U.E não foi benéfica, na medida em que entramos na união numa altura em que se reuniam esforços para promover a diminuição dos excedentes, sendo que tal veio contra aos interesses nacionais que visavam o aumento da produção. Assim, se a nossa agricultura era pobre e fraca ficou-o ainda mais, sendo que a entrada de Portugal na U.E. veio contribuir com um grande passo atrás no que diz respeito ao nosso desenvolvimento agrícola.

Formas de modernização da agricultura portuguesa

As grandes propostas de futuro para o nosso país resumem-se a um investimento na agricultura biológica, na floresta, nos frutos tropicais e nas flores que têm capacidade de desenvolvimento em Portugal, deste modo há que reunir esforços para promover o desenvolvimento destas áreas de forma a tornar a nossa agricultura mais competitiva. Para além destes investimentos num futuro próximo há que promover a modernização da agricultura através da utilização de máquinas, que nos proporcionará um maior rendimento dos terrenos e das explorações agrícolas.
Por outro lado, devemos apostar na especialização cultural que potencia o sector agrícola, sendo que o uso do solo significa também a simplificação das unidades de produção, com o abandono da preocupação exagerada da policultura e o aumento do grau de especialização produtiva, pelo menos nas médias e grandes explorações. Esta forma de agricultura proporciona o aumento dos rendimentos e da produtividade, com a consequente redução dos custos de produção, pois tal exige uma menor diversidade de equipamentos e se simplificam as operações culturais.
Em Portugal devemos também pensar numa outra área de futuro que passa pela introdução de novas culturas que não existam no nosso continente, na medida em que são as culturas de maior aceitação nos mercados internacionais e de maior procura no mercado nacional, sendo que o país dispõe das condições ambientais óptimas para o desenvolvimento destas novas culturas. São exemplos destas novas culturas o kiwi, o espargo, a banana, a papaia, a goiaba, o abacate e o maracujá, sendo que existem zonas do país nas quais cada uma destas culturas se pode desenvolver da melhor forma.
A organização da agricultura portuguesa passa pelo empenho e cooperação do associativismo e das cooperativas, uma vez que são uma forma de potenciar o sector agrícola devido a ter uma organização económica destinada a conseguir, por meio da colaboração e do esforço comum dos seus membros, maiores vantagens económicas do que aquelas que se obteriam actuando isoladamente. Assim, o papel das cooperativas contribui e muito para o desenvolvimento da agricultura e consequente modernização.
O desenvolvimento do sector florestal pode ser o grande investimento nos próximos anos porque é fortemente apoiado pela União Europeia, quer a nível de maquinaria, quer a nível de dinheiro que irão colocar à disposição do país. A União Europeia apoia a plantação de floresta em solos pobres porque assim contribui-se para a manutenção da agricultura e por conseguinte para a redução dos excedentes agrícolas, sendo que tal é um dos objectivos anunciados pela União Europeia.
A agricultura biológica também pode ser uma grande fonte de investimento tendo inúmeras vantagens, mas também algumas desvantagens. Esta agricultura é um método de produção agrícola que exclui totalmente a utilização de fertilizantes e pesticidas químicos. Deste modo, temos como vantagens o facto de obtermos alimentos com elevada qualidade nutritiva, o melhoramento e conservação da fertilidade dos solos e a eliminação de todas as formas de poluição agrícola.
Concluindo, o futuro da agricultura esta dependente dos jovens que queiram apostar nela e da introdução de máquinas que permitem o desenvolvimento e uma maior produtividade dos terrenos agrícolas.

As novas oportunidades para as áreas rurais

Cabe ao governo fazer algo que possa contrariar as evidências da triste condição em que se encontra a actual agricultura Portuguesa, assim o governo deve actuar de forma a promover uma maior quantidade de incentivos para que a agricultura ganhe novo fôlego e novo impulso para que Portugal não perca cota de mercado para outros países da U.E.
O turismo terá um papel importante no desenvolvimento e dinamização das áreas rurais, uma vez que contribui para a modernização destas áreas de forma a agradar à massa turística que as visitará. As áreas rurais são normalmente alvo de turismo rural porque na maior parte dos casos as aldeias e vilas existentes não sofreram uma modificação profunda como a que foi levada a cabo nas cidades.
o turismo contribuirá para o desenvolvimento de uma área do nosso país que está em dificuldades e onde há cada vez menos habitantes, logo ao dinamizarmos essas mesmas áreas devido consegue-se a fixação das populações, porque lhes estamos a proporcionar postos de trabalho e melhores condições de vida.

As novas oportunidades para as áreas rurais

As areas rurais são carcterizadas por uma diversidade e por um potencial de desenvolvimento endogenos.
De entre as novas oportunidades para as areas rurais, podemos destacar as seguintes:
- A indústria, mais especificamente as agro-indústrias que aproveitam a matéria prima existente, as pequenas indústrias que não exigem mão de obra qualificada e o artesanato local que constitui um património cultural muito rico.
- O turismo, que tem sido um meio eficaz de recuperar o património arquitectónico rural. Com esta dinâmica gerada pela procura crescente do lazer, surgem novos consumidores de bens e serviços, elevando-se a frequência de novas procuras, de diferentes tipos de turismo no espaço rural.
- As actividades terciárias, como restaurantes, serviços de apoio ao turismo, bares e feiras de artesanato e gastronomia, entre muitas outras actividades. Estas pretendem melhorar as condições de vida da população e apoiar as outras actividades presentes no espaço rural.

• Formas de modernização da agricultura portuguesa

Portugal é caracterizado por ter uma populaçao agricola muito idosa, sem instrução e qualificação profissional, o que faz com que estes não possuam qualquer espírito de inovação e, consequentemente, não adiram a novas tecnologias.
As condicionantes apresentadas anteriormente fazem com que a agricultura apresente baixos níveis de produtividade e rendimento.
Porem, podemos recorrer à implementaçao de novas culturas, como : os frutos tropicais, a prática da agricultura biológica, ou ainda aproveitarmos as nossas florestas, visto que dsetas podemos obter um bom aproveitamento economico.Das florestas podemos obter diversos produtos, como a madeira ou a pasta de papel basta que façamos uma exploraçao racional e plantaçoes destinadas expressamente à exploraçao comercial.
As medidas apresenatdas anteriormente podem ser vistas como, formas que temos para melhorar o nosso sector agricola.

As novas oportunidades para as áreas rurais

Pode-se entender por novas oportunidades para as áreas rurais a revitalização dos espaços rurais, ou seja, desenvolvimento do comércio, do artesanato, e até o turismo rural. Se isto se concretizar, irá atrair mais população aos espaços rurais do país, criando postos de trabalho por causa dos turistas também.
A criação de indústrias e serviços podem também incentivar pessoas a abandonar o meio urbano.

Formas de modernização da agricultura portuguesa

Ainda que seja possível modernizar a agricultura portuguesa, seria muito difícil por económicas e humanas. Isto é, as pessoas não aceitam o emparcelamento logo há muitos minifúndios e mesmo se não houvesse esses minifúndios, não haveria dinheiro para introduzir as máquinas nas explorações, que é o que acontece nos latifúndios, há espaço mas não há dinheiro para as máquinas. Outra razão humana é que mesmo se os agricultores tivessem as máquinas, não saberiam usá-las por não terem instrução. Deve-se moralizar e ajudar economicamente os agricultores para que deixem também de praticar a policultura e começar a praticar a monocultura para se tentarem virar para o mercado externo.
Uma boa solução é tambem o recurso a novas culturas que o mercado seja deficitário como os produtos tropicais ou floricultura ou até a plantação de florestas. Estas três têm mercado garantido. A agricultura biológica é também um bom recurso que não polui e é mais saudável.

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

A agricultura portuguesa sofreu bastante com a adesão à CEE, isto porque, quando Portugal entrou a comunidade já era auto-suficiente e até excedentária, uma vez que a primeira PAC teve sucesso até demais. Sendo excedentária, nesta altura a comunidade pretende é diminuir a produção quando Portugal pretende exactamente o contrário, mas é obrigado a não o fazer. Mas, como se não chegasse, a agricultura portuguesa sofreu ainda mais com a concorrência dos produtos europeus.

A redução da produção e o aumento da dependência externa

Em Portugal, que é um país que tem algumas potencialidades, não se justificam as importações que são feitas. Tanto cereal que se importa quando se podia produzir em solo português. Parece que não querem diminuir as importações que tanto contribuem para uma balança económica menos positiva.
Neste momento, Portugal está claramente dependente das importações, pelo menos em termos de agricultura. Tem que se começar a ter um espírito mais virado para um aumento da produção, senão haverá graves consequências para a balança nacional.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Os baixos níveis de rendimento e produtividade agrícola

A agricultura portuguesa, quanto ao rendimento e à produtividade, é fraca. Isto, principalmente, por causa da falta de mecanização o que leva a uma agricultura rudimentar e demorada em cada processo do tratamento do produto.

as características da população agrícola portuguesa

A principal característica da população agrícola portuguesa é ser na sua grande maioria idosa, logo quase não existe espírito de inovação e usam-se as técnicas que foram ensinadas pelos antepassados. Isto é uma consequência da grande falta de instrução e qualificação dos agricultores e, também, da pouca capacidade económica da população agrícola. Isto tudo, no geral, um grande impedimento ao desenvolvimento, em termos de modernização, da agricultura e devia-se pensar melhor naquilo que se está a fazer para mudar isso.

Formas de modernização da agricultura portuguesa

É claramente possivel modernizar a agricultura portuguesa apesar das inúmeras dificuldades que os agricultores têm e também por não terem tantas poses ou seja não possuirem muito dinheiro. As estruturas agrárias pelas propriedades pois deviam-se reduzir o número dos minifúndios recorrendo ao emparcelamento que é uma forma que contribui para a modernização da agricultura pois agrupando minifúndios devem-se criar explorações de média dimensão que permitam a introdução de máquinas nas propriedades ao mesmo tempo que a aquisição destas não se torna muito cara pois as despesas não dependem só de um agricultor. Os latifúndios devem ser diminuídos em numero ou ser totalmente aproveitados com culturas agrícolas e devem possuir ainda mais mecanização. Devem-se especializar os agricultores para que estes possam trabalhar com máquinas nas suas explorações devem também praticar a monocultura e abandonar a policultura.
Pois assim com ajuda de maquinas e especialização numa cultura que não exista em abundância os agricultores podem vêr o seu nível de vida melhorar considerávelmente.

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

Portugal entrou muito atrasado na comunidade europeia e atrasado porque quando entrou a primeira consequência foi na agricultura, pois a Europa já tinha muitos produtores agriculas e já era auto-suficiente o que levou a Portugal a reduzir a sua produção ( que por sua vez já não era em muita quantidade .

Portugal, que pretendia aumentar os níveis de produção, viu-se obrigado a fazer exactamente o contrário, pois a CEE se tornou-se numa potencia agricola.
Os produtos portugueses passaram ainda a sofrer uma forte concorrência por parte de outros países da U.E.

A redução da produção e o aumento da dependência externa

A adesão de Portugal à comunidade agrícola teve um impacto enorme, pois antes de Portugal entrar na CEE, a primeira Politica Agrícola Comum designada por PAC, era a que estava a ser praticada na Europa , que tinha como objectivos tornar a CEE auto-suficiente em produtos agrícolas permitindo aumentar as exportações e melhorar o nível de vida das populações rurais.
Com isto os países produziam em grandes quantidades o que levou a que a CEE a tornar-se auto-suficiente e excedentária em produtos agrícolas. São necessárias novas medidas no âmbito da agricultura para que Portugal se auto-abasteça e não sinta a necessidade de importar tantos produtos do estrangeiro, pois assim fica-se só por importar apenas os produtos que necessita e ao mesmo tempo que produza culturas ou outros produtos que o mercado não esteja saturado, como por exemplo os frutos tropicais e as flores.

As novas oportunidades para as áreas rurais

Existem várias possiblidades de dinamização das áreas rurais portuguesas. Uma delas é a introdução de novas culturas agíicolas. Esta opção é viável, porque se regista uma maior aceitação nos mercados internacionais e também uma procura interessante no mercado nacional. Podemos mencionar a floricultura, cultura potencial em regiões como a Madeira e os Açores, que tem como vantagem o aproveitamento de solos com culturas agrícolas desadequadas, bem como o facto de ser uma cultura pouco explorada. Por fim, é importante referir a Agricultura Biológica, que não recorre a produtos químicos, de modo a evitar a poluição agrícola e que procura manter a fertilidade dos solos e aumentar o valor nutritivo dos alimentos.

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

Portugal aderiu à Comunidade Europeia em 1986. Nesta altura, a Comunidade já tinha alcançado o objectivo de se tornar auto-suficiente. Em resultado disso, o nosso país foi aconselhado a reduzir a produção, facto que trouxe consequências negativas para o sector agrícola nacional.

sábado, 13 de dezembro de 2008

As novas oportunidades para as áreas rurais

As áreas rurais em Portugal são bastante utilizadas para a agricultura e para a pecuária, sendo que se podia tirar melhor proveito delas, e para isso necessitam de ser dinamizadas. Existem novas oportunidades para as áreas rurais ou novos meios para que as áreas rurais se tornem dinâmicas.
Começando pela aposta na relocalização e desenvolvimento de indústrias ligadas à transformação dos produtos agrícolas como as que produzem enlatados de fruta, sumos, leite, queijos e outros produtos lácteos nas áreas rurais;
Criação de novos postos de empregos ligados ao sector do comércio e serviços que têm um papel importante na manutenção da população nas áreas a rurais pois as actividades terciárias associam-se a outras actividades aí instaladas como a indústria e o turismo e por outro lado melhoram as condições de vida da população, permitem obter mais rendimentos (óptimo para as pessoas que vivem só da agricultura) e dinamizam as áreas rurais criando emprego e diminuindo o êxodo rural;
Aproveitar as zonas rurais para se praticar turismo, nomeadamente o turismo rural da qual fazem parte os seguintes tipos de turismos no âmbito rural:
- O Turismo de Habitação, que é um serviço de hospedagem, de natureza familiar, prestado pelo proprietário que aí reside; trata-se de casas antigas, com valor arquitectónico ou histórico;
- Hotéis Rurais, que são estabelecimentos hoteleiros situados em áreas rurais e que, pela sua arquitectura, decoração e mobiliário, respeitam as características da região onde se inserem;
- Turismo Rural, que é um serviço de hospedagem, de natureza familiar, que ocorre em casa rústicas, que fazem parte da arquitectura típica regional;
- Casas de Campo, que compõem um serviço de hospedagem em unidades localizadas em áreas rurais, integradas na arquitectura da região, podendo ser ou não a casa do proprietário;
- Turismo de Aldeia, que é um serviço de hospedagem prestado num conjunto de cinco ou mais casas, integradas na arquitectura da região e com características tradicionais;
- Agroturismo, que é um serviço de hospedagem prestado em casas particulares, inseridas numa exploração agrícola, permitindo aos hóspedes conhecer e até participar em tarefas agrícolas;
- Parques de Campismo Rurais, que são terrenos destinados à instalação de acampamentos, integrados ou não numa exploração agrícola. O turismo rural é assim uma actividade muito apelativa, ecológica e saudável;
Apostar na agricultura biológica que não recorre a produtos químicos, evita a poluição agrícola, mantém a fertilidade dos solos e produz alimentos com maior valor nutritivo;
Devem-se plantar outras culturas como as dos frutos tropicais para se aproveitar mais o clima do nosso país;
E por último incentivar-se a prática do artesanato que deve ser revalorizado com todas as suas especificidades pois constitui um património cultural muito rico.
Estas são assim algumas das novas oportunidades que as áreas rurais têm para que se tornem mais que uns meros metros2 ou quilómetros2 com umas poucas batatas plantadas ou umas árvores sem qualquer benefício para ninguém.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Os baixos níveis de rendimento e produtividade agrícola

O rendimento agrícola trata-se da quantidade de produto obtido (toneladas) por área de cultivo (ha). Em Portugal registam-se baixos valores porque existem culturas que não estão ajustadas ao tipo de solo onde se encontram e também devido à reduzida fertilidade dos solos. Em relação à produtividade agrícola, quantidade de produto obtido (toneladas) pelo nº de horas de trabalho, podemos designá-la como reduzida, já que se regista um baixo índice de mecanização, o que implica mais horas de trabalho.

As características da população agrícola portuguesa

A população agrícola portuguesa é composta, nas sua grande maioria, por idosos. Concluímos, a partir daqui, que o espírito de inovação é praticamente inexistente, o que leva a uma permanente utilização de técnicas tradicionais. A falta de instrução e qualificação profissional dos agricultores, dificulta a sua adaptação à mecanização. Todos estes factores acima referidos constituem uma entrave ao desenvolvimento e à modernização do sector agrícola em Portugal. Por fim, é também importante referir a reduzida capacidade financeira que caracteriza os agricultores do nosso país.

Predomínio dos minifúndios

Os minifúndios, propriedades de dimensão inferior a 5 ha, encontram-se principalmente nas regiões do Norte Litoral. A sua existência apresenta-se como um obstáculo à modernização da agricultura portuguesa, na medida em que impossibilita a entrada de mecanização no terreno.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

As novas oportunidades para as áreas rurais

Os objectivos da primeira PAC visavam o aumento da produtividade agrícola, o melhoramento da população agrícola, garantir a segurança de mercados (em relação aos produtos agrícolas) e garantir os progressos técnicos.Esta situação verificou-se até a UE se ter tornado auto-suficiente e, ao mesmo tempo, excedentária.Após a depressão de 1929 na CEE vigorava um certo liberalismo económico e as medidas proteccionistas não se impunham como uma necessidade urgente e necessária. Quando se começou a verificar uma maior concorrência por parte de outras potências emergentes, como os EUA, as medidas proteccionistas tiveram, mesmo, de ser impostas.Quando Portugal aderiu à CEE foi o ponto de viragem, em que em vez de se pagar para se produzirem produtos, pagava-se para guardar os excedentes. Portugal tinha tendência para expandir as as suas produções. Foi obrigado a comprar os excedentes dos outros, em vez de os produzir, o que aumentou a dapendência externa de Portugal.

Formas de modernização da agricultura portuguesa

Portugal não beneficiou em nada com a adesão à comunidade, em relação, ao sector agrícola.Quando o nosso país aderiu à U.E, esta já era auto-suficiente e pode-se dizer mesmo, excedentária, devido ao sucesso da primeira PAC (que aumentou os níveiA população agricola portuguesa é maioritariamente idosa e com pouca instrução (apenas têm o 1º e 2º ciclo de escolaridade) ou analfabeta. No que diz respeito à distribuição por sexos, a maioria da população agricola são homens. s de produção).Distributivamente por sexos, na agricultura são mais os homens que trabalham que as mulheres. Quanto ao nível de instrução dos agricultores, pode-se verificar que a população agrícola apenas tem o 1º ou 2º ciclo de escolaridade, e em segundo segue-se a população que não sabe ler nem escrever (analfabetos) e depois em 3º os que apenas sabem ler e escrever.

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

Como constatamos anteriormente, a estrutura fundiária portuguesa é bastante desequilibrada, sendo que, na agricultura portuguesa temOs minifúndios predominam no Norte Litoral sendo também no nosso país, em maior número que os latifúndios devido às características do solo, pois este é mais fértil que no interior do país, devido ao facto de muitos agricultores quererem deixar as terras para herança levando a que haja mais divisões e porque este é o único meio de subsistência dos agricultores pois as reformas são baixas e não permitem a subsistência dos agricultores sem recorrerem à agricultura.os um predomínio dos minifúndios.Como tal, temos que revitalizar o espaço rural e manter a sua população. Estas oportunidades exigem um esforço individual e colectivo, financeiro e emocional, o que dificulta a sua aceitação e, que por conseguinte leva a que tudo isso fique em último plano em qualquer agenda política e, de resto, em qualquer agenda de cariz individual.

Os baixos níveis de rendimento e produtividade agrícola

Por Portugal fora podemos encontrar por um lado, minifúndios onde existe um elevado rendimento devido aos solos que são mais férteis pois se localizam no Norte Litoral, mas com uma baixa produtividade porque se perde muitas horas no trabalho agrícola e produz-se muito pouco para as horas que são só dedicadas à pratica desta actividade.
Por outro lado nos latifúndios verificamos o contrário, ou seja, o rendimento é baixo pois os solos são pobres estes localizam-se no Alentejo, em que a produtividade é elevada pois existem algumas máquinas que permitem mais produção em menos tempo.
Estes items devem-se às características da população agrícola que à falta de instruçãonte para saber as características que as culturas necessitam para se desenvolverem ou do tipo de solo, clima, relevo, altitude, ao facto de a estrutura fundiária ser desequilibrada predominando os minifúndios por um lado e por outro lado os latifúndios que não são certamente aproveitados na sua totalidade. É necessário que os agricultores se formem oque lhes permite que tenham instrução suficiente para a prática agrícola e se especializem, também é preciso que se aplique o emparcelamento e que as pequenas propriedades se agrupem e se tornem em médias propriedades. Já os latifúndios que sejam totalmente aproveitados ou que se tornem também em médias propriedades para que se possa introduzir a mecanização contribuindo para uma maior produtividade e um maior rendimento.

A redução da produção e o aumento da dependência externa

A adesão de Portugal à comunidade no sector agrícola teve um grande impacto pois antes de Portugal entrar na CEE vigorava a primeira Politica Agrícola Comum (PAC), que tinha como objectivos tornar a CEE auto-suficiente em produtos agrícolas, aumentar as exportações e melhorar o nível de vida das populações rurais, e com isto, os países produziam desenfreadamente o que levou a que a CEE se tornasse além de auto-suficiente também excedentária em produtos agrícolas. São necessárias novas medidas no âmbito da agricultura para que Portugal se auto-abasteça e não necessite de importar tanto do estrangeiro, ficando por importar apenas os produtos que necessita e por outro lado produza culturas e outros produtos que o mercado não esteja saturado, nomeadamente como frutos tropicais e as flores.

Os baixos níveis de rendimento e produtividade agrícola

O nível de instrução está directamente relacionado com a idade do agricultor e com a implementação da escolaridade obrigatória, ou seja, quanto mais novo é o agricultor, maior é o seu grau de instrução, mas, como a maioria da população agrícola é composta por idosos, é raríssimo que tenham uma formação acima do 2º ciclo. Pelo facto de serem idosos, os agricultores também não possuem um espírito de inovação (característico dos mais jovens) e, assim, continuam a usar as técnicas tradicionais. Também podemos destacar a reduzida capacidade financeira dos agricultores.Os latifúndios devem ser diminuídos igualmente em numero ou ser totalmente aproveitados com culturas agrícolas e devem possuir ainda mais mecanização. Devem-se especializar os agricultores para que estes possam trabalhar com máquinas nas suas explorações, praticar a monocultura e abandonar a policultura, para isso são necessárias acções de formação e mais apoios financeiros.

O impacto da adesão à UE no sector agrícola

Portugal não beneficiou com adesão à comunidade, no que diz respeito ao sector agrícola.
Quando o nosso país aderiu à U.E, esta já era auto-suficiente e até mesmo excedentária, uma vez que o sucesso da primeira PAC se fez sentir no aumento da produção agricola.
Embora a adesão tenha sido negativa para o sector agrícola o nosso país recebeu dinheiro que foi mal aproveitado pois poderia servir para melhorar um pouco a agricultura portuguesa e para investir em na produção de culturas que a CEE precisa.

As novas oportunidades para as áreas rurais

As áreas rurais não têm que viver só da agro-pecuária, há outro tipo de actividades que podem assegurar uma vida económica mais dinâmica e próspera a estas áreas.
Poderia-se, por exemplo, introduzir todo um conjunto de fábricas, de pequena idústria, com necessidade de mão-de-obra, que criem postos de trabalho e atraiam população à zona. Também as indústrias de transformação de produtos alimentares (lacticínios, cereais...), e também o incentivo à produção de artesanato .
Actualmente tem-se verificado ainda uma grande crescimento no turismo me espaços rurais, já que cada vez mais as pessoas da cidade procuram férias com calma e ar fresco sem todo o ruído da cidade que, apesar das belas praias, está em réplica perfeita no ALgarve também. Há 7 tipos de turismo rural: Turismo de habitação (casas de valor histórico e arquitetónico - o tipo de TER mais caro), turismo rual (casas rústicas, com arquitectura e decoração típicas), Agroturismo (casa inserida numa exploração agro-pecuária em que o hóspede tem a oportunidade de participar nas actividades agrárias), turismo de aldeia (conjunto de cerca de 5 casas de aldeia - normalmente resultado de um investimento de recuperação de aldeias desertas - inseridas na arquitectura e decoração regionais), Casas de campo (casas isoladas no campo inseridas na arquitecura regional), hotéis rurais (empreendimentos hoteleiros nos espaços rurais, frequentemente inseridos na arquitectura e decoração regional), parques de camismo (terrenos destinados a acampamentos, inseridos nos espaçs rurais, possivelmente incluidos numa exploração agrícola).

As características da população agrícola portuguesa

Em Portugal tem-se verificado uma redução e um aumento da dependência externa, o que se reflecte nas exportações e importações pois com a redução tem-se exportado menos e com a dependência externa a aumentar, cada vez se importa mais. A redução da produção deve-se à fraca produtividade que ocorre no país devido às estruturas agrárias, à população agrícola, ao facto de haver pouco mercado para os produtos agrícolas portugueses devido à elevada concorrência de outros países e por este estar saturado de muitos produtos. Esta redução leva ainda a que o nosso país importe mais porque é deficitária em alguns produtos e como não os produz tem que recorrer ao mercado externo. Em 1986 quando Portugal entra para a CEE tinha o objectivo de produzir muito, desenvolver a sua agricultura e beneficiar dos incentivos e apoios monetários à agricultura dados pela CEE, o que não veio a acontecer pois já tinha excedentes e estava numa fase de redução de produção, sendo que também apoiava nessa altura apenas os grandes produtores aconselhando os pequenos produtores a reduzir as suas produções.

As características da população agrícola portuguesa

A população agrícola portuguesa é quase na sua maioria constituída por idosos sendo apresentado um nível de instrução e qualificação profissional muito baixo em que cerca de 25 % não tem qualquer nível de instrução por outras palavras é analfabeta mesmo com raras exepções que ainda conseguem ler e escrever ou completaram o 1º ciclo.
O nível de instrução está relacionado com a idade do agricultor, com a implementação da escolaridade obrigatória por isso podemos concluir que quanto mais novo é o agricultor maior será o seu grau de instrução. ( mas, como a maioria da população agrícola é composta por idosos, é raríssimo que tenham uma formação acima do 2º ciclo)
Para além de serem idosos, estes não possuem um espírito de inovação, que é mais natural nos jovens e sendo assim incistem em continuam a usar as técnicas tradicionais não sendo capaz de adoptar novas tecnologias e técnicas de produção na Agricultura (uma a das explicações pode ser a falta de instrução que não permite a utilização de maquinas). Os agricultores para alem disto tudo tambemse pode destacar a reduzida capacidade financeira.

A redução da produção e o aumento da dependência externa

Em Portugal tem-se verificado uma redução e um aumento da dependência externa, o que se reflecte nas exportações e importações pois com a redução tem-se exportado menos e com a dependência externa a aumentar, cada vez se importa mais. A redução da produção deve-se à fraca produtividade que ocorre no país devido às estruturas agrárias, à população agrícola, ao facto de haver pouco mercado para os produtos agrícolas portugueses devido à elevada concorrência de outros países e por este estar saturado de muitos produtos. Esta redução leva ainda a que o nosso país importe mais porque é deficitária em alguns produtos e como não os produz tem que recorrer ao mercado externo. Quando Portugal aderiu à CEE foi o ponto de viragem, que em vez de se pagar para se produzirem produtos, pagava-se para guardar os excedentes.

O predomínio dos minifundios

Os minifúndios predominam no Norte Litoral sendo também no nosso país, em maior número que os latifúndios devido às características do solo, pois este é mais fértil que no interior do país, devido ao facto de muitos agricultores quererem deixar as terras para herança levando a que haja mais divisões e porque este é o único meio de subsistência dos agricultores pois as reformas são baixas e não permitem a subsistência dos agricultores sem recorrerem à agricultura.Estas características são um entrave ao desenvolvimento da agricultura pois não permite a mecanização porque os agricultores não saberiam trabalhar com as máquinas, também porque na sua grande maioria os agricultores têm mais que 45 anos e recorrem às técnicas tradicionais e a técnicas que lhes foram ensinadas, não apostando em novas formas de prática agrícola mais adequadas ao solo e também ao clima.

Formas de modernização da agricultura portuguesa

A Agricultura portuguesa lucrava com a introdução de novos métodos e medidas. O associativismo e as cooperativas, por exemplo, seriam uma óptima forma para tornar minifuúndios em latifúndios, dividir investimentos e encargos e possibilitar assim a introdução de máquinas que aumentariam o rendimento e a produtividade, para que se pudesse direccionar o produto ao mercado a preços mais competitivos. Na mesma linha introduz-se a ideia de emparcelamento que também transforma pequenas explorações e grandes, capazes de produzir o soficiente para um negócio rentável; ainda que este implique o interesse e investimento de uma empresa.
Outras ideias passam por cultivar produtos mais originar, pensar além do óbvio. Com todos os microclmas de portugal estamos possibilitados a cultivar frutos exóticos como poucos outros países da UE, bem como temos um clima bastante bom para flores (que têm sempre mercado, pela melhoria do nivel de vida que possibilitou as pessoas de começarem a oferecer flores por tudo e por nada); há ainda a brilhante ideia de florestação que permite o aproveitamento de solos pobres (Alentejo) e a sua valorização económica (especialmente pelo Sobreiro que tem um grande valor económico), bem como tem grande mercado nas fábricas de papel e na UE (que é deficitária), e é sem dúvida vantajoso especialmente já que a UE financia este processo.
Pronto, resumindo e concluindo só não temos uma boa agricultura porque não queremos -dá muito trabalho. Ah, não, verdade seja dito, os agricultores, desinformados coitados, também não deixam.

O predomínio dos minifundios

Em Potugal existe uma zona onde a predominância dos minifúndios é elevada, pois essa zona é a zona do Norte, Beira Litoral.
Os minifúndios basicamente são em formados em pequenas áreas de terreno que por terem umas dimensões tão pequenas não existe a possibilidade de cultivar um só produto que dê resultado para exportações, também não podemos escolher a hipotese de mecanizar estas zonas ou seja, não se pode usar máquinas nesse espaço de terreno.
Como alternativa a este problema podería-se usar o modelo de emparcelamento mas os agricultores (sendo todos idosos ou a maior parte) não querem desfazer do seu terreno, por ser uma das suas actividades após reforma ou por quererem deixar esse pedaço de terra aos seus familiares ou amigos (herdeiros) e por não considerarem justo o preço que é oferecido pelo terreno, pois acham que vale sempre mais.

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

Na primeira fase de existência a PAC fez grandes esforços para aumentar a produção, encorajando o desenvolvimento da agricultura de forma a tornar a CEE uma potência no sector primário, com excedentes suficientes à exportação. Foi muito bem sucedido. De facto, foi tal o sucesso que começaram aproduzir de mais e as despesas de armazenamento fizeram-se notar (bem como outras desvantagens como o impacte ambiental de uma política de agricultura intensiva). Nesta a altura a PAC reformolou as suas prioridades, apoiando a agricultura biológica (mais amiga do ambiente e com menos produção), introduzindo set-asides e quotas de produção bem como encorajando a reforma dos agricultores.
Portugal, que precisava de um sério impulso de dinamização do processo agrícola, juntou-se à PAC pouco antes desta reformolação de políticas. Assim, ao contrário de ajuda no seu desenvolvimento, a agricultura portuguesa viu o seu desenvolvimente desencorajado e oprimido pelas novas medidas da PAC. Desde então Portugal tem sofrido com as consequências deste mau "timing" e é claro que nos devíamos ter juntado à PAC logo no início; contudo não seria realista esperar isso... afinal de contas que seria de Portugal se não se atrasasse? É a nossa imagem de marca.

formas de modernização da agricultura portuguesa

A agricultura portuguesa pode ser modernizada. O problema é que a juntar à falta de disponibilidade económica junta-se a falta de vontade por parte de alguns agricultores.
A actual agricultura é praticada no terreno do agricultor que quer ter a a praticada para o mercado e com o objectivo de dar lucros. Já com a agricultura biológica o problema é que é preciso bastante conhecimento, mas também é preciso capacidade económica Outra possibilidade seria ainda explorar frutos tropicais no nosso país.
Além destas alternativas, que garantiriam mercado aos produtos portugueses, seria bom apostar na mecanização, mas esta só será possível quando os proprietários dos minifúndios aderirem ao emparcelamento.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A Redução da Produção e o Aumento da Dependência Externa

Conforme a produção aumenta de dependência do exterior diminui pois reduz-se a necessidade de importação. Este é um movimento favorável à economia nacional. Contudo, em Portugal, verifica-se o contrário, somos deficitários em tudo aquilo que mais consumimos. Temos que importar cereais (quando temos boas condições para os produzir), tomates, arroz, azeite (?!) etc. O nosso valor de exportação é claramente inferior ao das importações, o que significa que, pelo menos em termos agrícolas, nos encontramos em franca dependência do exterior. Se por alguma razão o EUA deixassem de produzir cereais ficávamos sem meios para que todos pudessem ter cereais.
Em suma, ou começamos a produzir mais, ou daqui a poucos anos dependemos completamente do estrangeiro para a alimentaçaõ (e não só), o que significa um grave contributo para contrair uma dívida externa.

Os Baixos Níveis de Rendimento e Produtividade Agrícola

Em portugal tanto o rendimento como a produtividade são baixos. A produtividade porque a maior parte das explorações não estão mecanizadas levando muito tempo a cultivar ou tratar dos produtos, e as que têm máquinas têm poucas. O rendimento é pouco pela infertilidade dos solos das maiores explorações e necessidade de utilização de pousio.
Nos latifúndios a produtividade é relativamente alta, pois há alguma mecanização, mas o rendimento é muito baixo pela infertilidade dos solos. Nos minifúndio o rendimento é alto, pois a terra é muito melhor aproveitada e porque a maior parte destes se localizam na zona mais fértil do país; mas a produtividade é baixa pois o agricultor tem que lá passar imenso tempo a tratar dos cultives, por falta de mecanização.

As Características da População Agrícola Portuguesa

A população agrícola portuguesa encontra-se envelhecida, empobrecida e com pouca formação profissional.
Envelhecida porque poucos jovens se decidem a dedicar a vida à agricultura, deixando a tarefa nas gerações mais velhas. Empobrecida porque os rendimentos não são muitos. E com pouca formação profissional porque, já idosos, cresceram em gerações em que a escolaridade obrigatória era reduzida ou nula.
Cada factor alimenta o outro: o empobrecimento, que faz com que não se possa mecanizar as culturas ou aumentar a terra cultivada, leva a que não haja dinheiro para atender a acções de formações que levariam os agricultores a saber cultivar melhor e aumentar a produção. Por sua vez, esta crise agrícola tem desviado a atenção dos jovens, que deixam a agricultura aos mais velhos, e estes, sem ajudas, continuam desinformados e por isso pobres.
Por outro lado os nossos agricultores também são teimosos: não só não inovam (permanecem fiéis a técnicas passadas de pai para filho), como recusam ajudas ou a vender os terrenos porque cultivam por gosto. Ou seja, não fazem nem deixam fazer.
Concluindo, tanto por factores exterior como por responsabilidade próprios o nossos agricultores são um entrave ao desenvolvimento da agricultura, e temos, muitas vezes, que esperar pela sua morte para que os filhos finalmente vendam o terreno de forma a que esta seja melhor aproveitado.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

Portugal não beneficiou com adesão à comunidade, no que diz respeito ao sector agrícola.
Quando o nosso país aderiu à U.E, esta já era auto-suficiente e até mesmo excedentária, uma vez que o sucesso da primeira PAC se fez sentir no aumento da produçao agricola.
Portugal, que pretendia aumentar os níveis de produção, viu-se obrigado a fazer exactamente o contrário, pois a CEE se tornou-se numa potencia agricola.
Os produtos portugueses passaram ainda a sofrer uma forte concorrência por parte de outros países da U.E.
É devido aos factores apresentados anteriormente que podemos concluir que o sector agrícola português não beneficiou, em nada, com adesão à comunidade.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Redução da produção e aumento da dependência externa

Durante o período 1986-1995 o volume de produção agrícola nacional diminuiu em termos reais a uma taxa de 3,1% ao ano. A taxa de diminuição da produção agrícola abrandou ligeiramente no período de 1995-2001 para 1,6% ao ano, uma taxa ligeiramente mais baixa do que a média europeia (2,2% ao ano). Consequentemente o peso da produção agrícola nacional na produção agrícola europeia aumentou ligeiramente de 2% em 1995 para 2,2% em 2001. Desde a adesão, a produção agrícola nacional aumentou menos do que a oferta de produtos alimentares o que indica que Portugal é agora menos auto-suficiente. Durante o período de 1990-2001 o volume da produção vegetal diminuiu 0,3% ao ano, enquanto que o volume de produção animal aumentou em média 1,5%. No entanto, a esta diminuição do volume produzido não corresponde necessariamente uma diminuição do valor produzido. O valor real da produção animal tem vindo a diminuir mais no sector animal, com uma queda de 3,5%, enquanto que a diminuição anual média do sector vegetal foi de 2.6%, ambos entre 1990 e 2001. Daqui resulta que o peso do valor da produção vegetal no total do valor da produção agrícola é hoje maior do que há 10 anos.
No já referido relatório da Comissão é feita uma análise aos limites de produção aplicados à agricultura portuguesa pela PAC para determinar até que ponto constituem um travão ao aumento da produção das várias culturas. Actualmente, as principais limitações aplicam-se a quase todos os sectores, sendo os mais sensíveis os cereais, as vacas leiteiras, os bovinos machos, o leite, o algodão, o açúcar e o azeite. Feitas as contas, entre os pedidos de pagamento e as áreas elegíveis para cada cultura, concluiu-se que para a generalidade das culturas os limites de produção não têm constituido de facto uma limitação à produção nacional. Por outro lado, é importante notar que, no início, a produtividade de referência foi estabelecida de forma a permitir futuros aumentos de produtividade, o que efectivamente não chegou a acontecer. Hoje em dia a produtividade de referência é 20% superior à produtividade real. Finalmente chama-se a atenção para o aumento significativo das áreas em set-aside, que em 2002 atingiu cerca de 22% da área total.
Portugal nunca foi um país que fosse auto-suficiente nos produtos agrícolas e com a implimentação da Nova PAC este desejo de ser excedentário ou pelo menos ter a capacidade de cobrir as susa próprias despesas está longe de ser realizado, logo, podemos esperar que a curto, médio e longo prazo a tendencia de aumentar a sua dependência em produtos agrícolas se mantenha.
Penso que para este problema, Portugal não tem maneira de dar a volta, pois, em relação a outros países da UE, é demasiado "pequeno" e não tem voz política nem poder económico, para combater as demais forças políticas que impõem as suas próprias medidas (que muitas vezes servem apenas interesses pessoais e económicos) e não se importam de "atropelar" aqueles, que por diversas razões (como geográficas ou políticas) não têm o mesmo poder.

Baixos níveis de rendimento e produtividade agrícola

Ao longo do tempo, e à semelhança do que tem acontecido noutros países industrializados, o peso da agricultura na economia nacional tem vindo a diminuir, sendo no entanto esse valor ainda elevado quando comparado com a média europeia. A diminuição da importância da agricultura na economia nacional é-nos dada pela diminuição do peso do sector no PIB de 5% em 1988 para 2,8% em 1999, e pela perda de importância do empego no sector primário, o qual diminuiu 21% em 1988 para 10% actualmente. Em Portugal, 40% da população reside em zonas predominantemente rurais o que torna importante manter a competitividade nessas áreas. Aqui os sectores agrícola e agro-industrial têm um papel muito importante a desempenhar.
Atendendo a que o baixo rendimento é provocado pelo predomínio de latifundios (visto que a fertilidade dos solos no local onde predominam os latifundios é menor) e que a baixa produtividade é provocada pelo predomínio de minifundios (visto que a mecanização não é muito bem conseguida, pois a pequena área não permite a introdução da máquinas ou de qualquer técnica) é necessário que se mude a estrutura agrária portuguesa.
Para resolver esta situação deveras caricata podiamos recorrer a uma prática generalizada no resto da UE: o emparcelamento.
Esta técnica consiste em aumentar a dimensão média as explorações agrícolas através de compra/venda ou troca entre os diversos agricultores.
Promover o emparcelamento, ou seja, ao aumentar a dimensão média das explorações permite introduzir máquinas e inovações técnicas, de modo a que a mecanização seja efectiva, e permite também o abandono da policultura, isto é, passava-se a produzir para os mercados em vez de produzir apenas para a subsistência de uma família agrícola.
Em termos de desvantagem aparecem probelmas de cariz afectiva, pois os agricultores não se desfazem das suas terras para as deixar como herança, ou porque é a única fonte de rendimento e ainda também porque não concordam com o preço atribuído.
Depois de ultrapassarmos estes precalços todos e se todos agissem de modo a aumentar tanto a produtividade como o rendimento, aí sim, estaríamos a contribuir para a contrucção de um mundo melhor, mesmo que seja só em melhorar a agricultura portuguesa.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

As novas oportunidades para as areas rurais

As áreas rurais são caracterizadas por uma diversidade e por um potencial desenvolvimento endógenos. No âmbito das funções do espaço rural é importante a introdução de pequenas industrias que constituem outra forma de dinamizar o espaço rural, completando a actividade agrícola predominante; o artesanato locar constitui um património cultural muito rico, chamando a atenção dos que vêm de fora. O turismo é, também, uma forma de aproveitamento do espaço rural. Muitas actividades de lazer em espaço rural requerem um alojamento para o turista o que tem levado ao aparecimento de varias modalidades de turismo no espaço rural. As actividades terciarias são importantes para a manutenção da economia local, contribueindo assim o minimo para a economia portuguesa e para o PIB

O predominio dos minifundios

Existe uma clara zona onde a predominância dos minifúndios é elevada.
Essa zona é a zona do Norte, Beira Litoral.
Os minifúndios consistem em pequenas áreas de terreno, que de tão pequenas que são não se pode cultivar um só produto que dê resultado para exportações.
Por serem também tão pequenos, não se podem mecanizar, ou seja, não se pode usar máquinas nesse espaço de terreno.
como solução podia nuzar-se o emparcelamento, mas os agricultores, na sua maioria idosos, não se querem desfazer do seu terreno, por ser o seu hobbie, por quererem deixar esse pedaço de terra aos seus herdeiros, e por não considerarem justo o preço que se oferece a esse pedaço.

novas oportunidades para as areas rurais

As novas oportunidades para as áreas rurais consistem na revitalização do espaço rural, desenvolvendo uma série de atividades como o comércio e o artesanato e também o turismo rural.
Sendo esta uma grande forma de trazer população ao meio rural, pois cria postos de trabalho devido à necessidade de alujar os turistas.
A industrialização e a criação de serviços que garantem a qualidade de vida aos moradores das zonas rurais e o investimento na agricultura biológica são, ao mesmo tempo, uma forma de incentivar a população mais jovem a ir para as áreas rurais e de rentabilização deste espaço.

as características da população agrícola portuguesa

A população agrícola portuguesa é, na sua maioria, idosa.
Quando o deixar de ser, é quando acabará essencialmente a agricultura em Portugal, visto que os jovens não se interessam pela agricultura.
Estes agricultores idosos não são instruídos, ou têm, na melhor das hipóteses o 4º ano feito.
A agricultura em Portugal continua a ser tradicional, pois os agricultores não sabem, não querem aprender, nem sequer têm dinheiro para utilizar mecanização.

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

O Governo Português continua a lutar por melhores condições na PAC para a agricultura portuguesa.Portugal aderiu à Comunidade Europeia em 1986,com o sector agrícola em evidente estado de subdesenvolvimento e atraso em relação ao dos restantes Estados Membros.Com notável esforço por parte dos agricultores e de todos os agentes envolvidos o sector tem tentado de forma inglória ultrapassar as suas debilidades e subsistir ao impacto de integração perante agriculturas mais desenvolvidas, economicamente mais rentáveis e com níveis de ajudas mais elevados.
A agricultura portuguesa tem sido obrigada a uma missão quase impossível de recuperação de atrasos e à obrigatoriedade de competir e convergir com condições e ajudas inferiores às das agriculturas dos restantes Países.Por isso, Portugal produz apenas cerca de 50 % dos produtos agrícolas que consome.A balança comercial agrícola portuguesa apresenta um saldo negativo de 2 800 milhões de Euros.
As ajudas do 1º Pilar da PAC ( Feoga Garantia ), atribuídas aos agricultores portugueses são inferiores às dos restantes estados membros limitando e penalizando Portugal. Dois vectores do 1º Pilar da PAC penalizam e limitam à estagnação a agricultura portuguesa: quotas de produção e nível de ajudas que se reflectem na insuficiente produção, produtividade e baixo rendimento dos agricultores portugueses.
A agricultura portuguesa ao longo dos anos após a integração na União Europeia, apesar de melhorias sensíveis, continua a necessitar de apoio para convergir para os níveis médios da agricultura Europeia apesar de melhorias sensíveis continua a necessitar de apoio para convergir para os níveis médios da União.Nestas circunstâncias, a proposta de reforma da PAC apresentada pela Comissão Europeia iria colocar em piores condições o futuro do sector em Portugal com a agravante da adesão de 10 novos Estados Membros.

Formas de modernização da agricultura portuguesa

O progresso e a modernização da agricultura portuguesa, com a consequente melhoria dascondições sócio-económicas das populações que a ela se dedicam, constitui um dos grandesobjectivos que o Governo se propôs prosseguir. Um dos passos fundamentais para a boa prossecução desse objectivo é, sem dúvida, aprotecção das áreas que melhores condições apresentam para tal actividade. Este facto assume especial relevância se considerarmos que os solos de maior aptidãoagrícola representam apenas cerca de 12% do território nacional.Impõe-se, assim, a adopção de um regime jurídico que defenda de uma forma eficaz as áreasque, por serem constituídas por solos de maiores potencialidades agrícolas, ou por terem sidoobjecto de importantes investimentos destinados a aumentar a capacidade produtiva dosmesmos, se mostrem mais vocacionados para uma agricultura moderna e racional no quadroda nossa inserção no espaço comunitário.
Mas se a defesa dessas áreas das agressões várias de que têm sido objecto ao longo dotempo, designadamente de natureza urbanística, constitui uma vertente fundamental da políticaagrícola, não é menos verdade que, por si só, é insuficiente para garantir a afectação dasmesmas à agricultura - objectivo que, em última análise, se pretende conseguir.Na verdade, condição necessária para o efectivo e pleno aproveitamento agrícola dos solos demaiores potencialidades é a sua inserção em explorações agrícolas bem dimensionadas. Este problema é, aliás, já clássico na nossa agricultura, exercida, como é, sobre uma estruturafundiária que, apesar das medidas legais e administrativas implantadas ao longo dos anos, seencontra excessivamente fraccionada.Tendo em atenção esta realidade, o presente diploma estabelece, para as áreas integradas naReserva Agrícola Nacional (RAN), que são precisamente aquelas em que o fraccionamentomaiores inconvenientes acarreta, uma unidade de cultura superior à existente para o resto doterritório nacional. Por outro lado, confere aos proprietários de prédios rústicos situados numaárea da RAN o direito de preferência na alienação ou dação em cumprimento de prédiosrústicos existentes na mesma área.
Na linha do que já se encontrava previsto no Decreto-Lei n.º 451/82, de 16 de Novembro,embora nunca tivesse sido concretizado, o presente diploma atribui a gestão das áreasintegradas na RAN a órgãos regionais representativos das várias entidades comresponsabilidade na matéria, dotando-os, simultaneamente, dos instrumentos jurídicos quelhes possibilitem, em conjugação com as direcções regionais de agricultura, uma actuaçãopronta e eficaz perante as acções violadoras do regime ora instituído.Tarefa candente para a plena realização dos objectivos do presente diploma, bem como para oregime jurídico administrativo por ele instituído, é, sem dúvida, a efectiva delimitação das áreasda RAN. Tal revela-se um trabalho complexo e necessariamente demorado (pelo menos a nívelda totalidade do território nacional), que se integra na política de ordenamento do território, aque o Governo, aliás, tem dado a maior importância.Por isso, o presente diploma prevê um regime transitório - a vigorar até à publicação dasportarias que delimitarão as áreas da RAN -, baseado na classificação dos solos utilizada paraa elaboração das cartas de capacidade de uso. Este sistema, que permite a aproximaçãopossível à posterior delimitação das áreas da RAN, impede o agravamento da situaçãoexistente até que tal se verifique, pois aos solos assim identificados como pertencentes àsclasses A e B é aplicável o regime proibitivo previsto para as citadas áreas.Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas dos Açores e daMadeira.O progresso e a modernização da agricultura portuguesa, com a consequente melhoria dascondições sócio-económicas das populações que a ela se dedicam, constitui um dos grandesobjectivos que o Governo se propôs prosseguir.Um dos passos fundamentais para a boa prossecução desse objectivo é, sem dúvida, aprotecção das áreas que melhores condições apresentam para tal actividade.Este facto assume especial relevância se considerarmos que os solos de maior aptidãoagrícola representam apenas cerca de 12% do território nacional.Impõe-se, assim, a adopção de um regime jurídico que defenda de uma forma eficaz as áreasque, por serem constituídas por solos de maiores potencialidades agrícolas, ou por terem sidoobjecto de importantes investimentos destinados a aumentar a capacidade produtiva dosmesmos, se mostrem mais vocacionados para uma agricultura moderna e racional no quadroda nossa inserção no espaço comunitário.Mas se a defesa dessas áreas das agressões várias de que têm sido objecto ao longo dotempo, designadamente de natureza urbanística, constitui uma vertente fundamental da políticaagrícola, não é menos verdade que, por si só, é insuficiente para garantir a afectação dasmesmas à agricultura - objectivo que, em última análise, se pretende conseguir.
Na verdade, condição necessária para o efectivo e pleno aproveitamento agrícola dos solos demaiores potencialidades é a sua inserção em explorações agrícolas bem dimensionadas. Esteproblema é, aliás, já clássico na nossa agricultura, exercida, como é, sobre uma estruturafundiária que, apesar das medidas legais e administrativas implantadas ao longo dos anos, seencontra excessivamente fraccionada.Tendo em atenção esta realidade, o presente diploma estabelece, para as áreas integradas naReserva Agrícola Nacional (RAN), que são precisamente aquelas em que o fraccionamentomaiores inconvenientes acarreta, uma unidade de cultura superior à existente para o resto doterritório nacional. Por outro lado, confere aos proprietários de prédios rústicos situados numaárea da RAN o direito de preferência na alienação ou dação em cumprimento de prédiosrústicos existentes na mesma área.Na linha do que já se encontrava previsto no Decreto-Lei n.º 451/82, de 16 de Novembro,embora nunca tivesse sido concretizado, o presente diploma atribui a gestão das áreasintegradas na RAN a órgãos regionais representativos das várias entidades comresponsabilidade na matéria, dotando-os, simultaneamente, dos instrumentos jurídicos quelhes possibilitem, em conjugação com as direcções regionais de agricultura, uma actuaçãopronta e eficaz perante as acções violadoras do regime ora instituído.

As novas oportunidades para as áreas rurais

Antecedentes
A configuração da nova política de desenvolvimento rural da U.E. (PDR) decorre de um já longo processo de reformas da Política Agrícola Comum (PAC), tendo-se reforçado e consolidado na medida em que esta evoluía progressivamente para um modelo mais marcado pela lógica da competitividade e menos pela do proteccionismo das suas primeiras três décadas. Em 1972 surgem as primeiras directivas sócio-estruturais, no rescaldo do Plano Mansholt, que resultaram do reconhecimento da evidência de que a política de preços e mercados da PAC não bastava para resolver muitos dos problemas da agricultura e do mundo rural. Com a delimitação das zonas desfavorecidas e de montanha em 1975 e a correspondente atribuição de indemnizações compensatórias para os agricultores aí residentes, a componente de desenvolvimento rural da PAC passa a incorporar uma dimensão de coesão social e territorial. Em 1977 surge a inevitável extensão dos apoios estruturais às actividades de transformação e comercialização das fileiras agroalimentares.

A expressão desenvolvimento rural começa a ser utilizado de forma mais sistemática (em substituição da política sócio-estrutural) a partir de meados dos anos noventa, sendo consagrada definitivamente aquando dos debates e aprovação da reforma da PAC da Agenda 2000 em Abril de 1999. Surgiu então o conceito de segundo pilar para designar todo o conjunto de medidas da PAC que não eram da estrita esfera das componentes de preços, mercados e ajudas directas ao rendimento. A grande vantagem deste desenvolvimento da PAC foi ter integrado de forma sistematizada num único regulamento um menu de 22 medidas anteriormente dispersas por diferentes contextos legislativos.

A reforma da PAC aprovada em Junho de 2003 reforçou o conceito e alargou o seu conteúdo com novas medidas como: apoio à promoção da qualidade e da segurança dos alimentos, bem-estar animal, reforço dos apoios aos jovens agricultores, simplificação dos critérios de eco-condicionalidade e aumento do co-financiamento das medidas agro-ambientais.

A criação do FEADER veio consagrar a política de desenvolvimento rural emanada da reforma de 2003, acrescentando ao seu âmbito de elegibilidades para financiamento as medidas que venham a ser necessárias para assegurar os compromissos da Rede Natura 2000. Para além de uma tal decisão, que não deixa de ter a sua polémica, a criação deste novo fundo vem consagrar o divórcio entre as duas secções do FEOGA, significando uma completa independência de financiamento de cada um dos dois pilares da PAC.

É no contexto da aplicação desta nova política que Portugal deve apresentar até ao fim do corrente ano à Comissão Europeia as linhas orientadoras da estratégia a seguir, antes de elaborar e fazer chegar a Bruxelas, durante o primeiro semestre de 2006, o programa (ou programas) de desenvolvimento rural, a aplicar a partir de Janeiro de 2007. Em qualquer dos casos, os Estados Membros são fortemente instados (ver artigos 6 e 12 do regulamento do novo fundo) a elaborar as suas estratégias e programas em estreita articulação com as diferentes entidades no terreno, sejam públicas, privadas ou cooperativas, a fim de ser garantida uma participação activa dos interessados e assegurar o sucesso na execução da nova política.

As características da população agrícola portuguesa

Com uns níveis de rendimento e produtividade baixos, torna-se fundamental investir na modernização do sector agrícola e a torna-lo mais competitivo nos espaços nacional e europeu.
É preciso fazer estudos prévios aos solos de forma a adequar a aptidão dos mesmos ao seu uso.
Por exemplo, no sistema extensivo, a utilização do pousio absoluto, sem recurso às culturas forrageiras ou às pastagens artificiais, provoca a erosão dos solos.
A prática exclusiva da monocultura agrava a situação, pois conduz ao esgotamento de determinados elementos nutritivos do solo, essenciais ao desenvolvimento das culturas, tornando-o cada vez mais pobre.
Por outro lado, no sistema intensivo, a utilização inadequada de fertilizantes químicos e pesticidas contamina os solos, provocando uma diminuição da sua fertilidade (o preço reduzido do adubo faz com que alguns agricultores pensem que “quanto mais colocarem nas hortas, mais crescem as suas couves...”).
É necessário melhorar a produção, elevando o rendimento, aumentando a produtividade, recorrendo para tal ao emparcelamento de terrenos, ao alargamento do regadio (veja-se o exemplo do Alqueva).
A produção pode-se diversificar, apostando em novos produtos, ainda não existentes no mercado.
A Especialização da agricultura permitirá adequar as culturas às condições ambientais, melhorando a sua rentabilidade e diminuindo os custos de produção.
Uma melhor cooperação entre os agricultores permitirá optimizar os recursos e equipamentos.
Controlando a qualidade dos produtos estamos a garantir a qualidade, a conquistar a confiança dos consumidores e a sua preferência.
Para valorizar os nossos recursos humanos, teremos de dar incentivos aos jovens agricultores, rejuvenescendo o tecido empresarial agrícola. A formação profissional dos agricultores também é importante, tendo sido apoiada por vários programas comunitários. Porém a adesão dos agricultores depende dos incentivos e do tipo de formação proposta.
Não nos podemos esquecer de acertar o passo com a Europa, nomeadamente tendo em conta a PAC. Em 1992 procede-se à reforma da PAC visando a diminuição dos excedentes, a redução dos preços e a promoção de um maior respeito pelo ambiente. Infelizmente, tal facto criou alguns condicionalismos à nossa agricultura, que viu limitadas algumas produções. O sistema de repartição dos apoios beneficiou mais os grandes agricultores e o custo dos investimentos nos projectos endividou alguns agricultores portugueses.
Quando se prevê um alargamento da União Europeia a leste, devemos pensar em melhorar acima de tudo a qualidade dos nossos produtos. É inevitável a chegada a Portugal de fruta, produtos hortícolas ou mesmo de produtos lácteos a preços muito mais baixos que os nossos. Isso até já é evidente e mal nos apercebemos quando estamos a comprar produtos Espanhóis, Franceses, a preços muito mais competitivos. Espanha, então , dada a sua proximidade geográfica, tem “entrado” em Portugal como se tratasse de uma invasão esperada à centenas de anos...
A agricultura deve também ser integrada no desenvolvimento das áreas rurais, pela potencialização dos recursos naturais, pelo desenvolvimento do turismo em espaço rural, pelo incremento do comércio, pela criação de emprego, fixando a população jovem e travando as assimetrias regionais.

A redução da produção e o aumento da dependência externa

Temos também uma forte dependência externa, evidenciada pela balança comercial de produtos alimentares com um saldo negativo em muitos dos seus produtos. Destacam-se os Cereais. Portugal tem uma taxa de auto – suficiência de apenas 38%, o que implica uma importação de 62 % do total de que necessitamos. Portugal necessitou de importar entre 1992 e 1996, uma média de 2 milhões de toneladas de cereais, que ultrapassaram os 120 milhões de contos .
Com uns níveis de rendimento e produtividade baixos, torna-se fundamental investir na modernização do sector agrícola e a torna-lo mais competitivo nos espaços nacional e europeu.
É preciso fazer estudos prévios aos solos de forma a adequar a aptidão dos mesmos ao seu uso.
Actualmente, as principais limitações aplicam-se a quase todos os sectores, sendo os mais sensíveis os cereais, as vacas leiteiras, os bovinos machos, o leite, o algodão, o açúcar e o azeite. Feitas as contas, entre os pedidos de pagamento e as áreas elegíveis para cada cultura, concluiu-se que para a generalidade das culturas os limites de produção não têm constituido de facto uma limitação à produção nacional. Por outro lado, é importante notar que, no início, a produtividade de referência foi estabelecida de forma a permitir futuros aumentos de produtividade, o que efectivamente não chegou a acontecer. Hoje em dia a produtividade de referência é 20% superior à produtividade real. Finalmente chama-se a atenção para o aumento significativo das áreas em set-aside, que em 2002 atingiu cerca de 22% da área total.Portugal nunca foi um país que fosse auto-suficiente nos produtos agrícolas e com a implimentação da Nova PAC este desejo de ser excedentário ou pelo menos ter a capacidade de cobrir as susa próprias despesas está longe de ser realizado, logo, podemos esperar que a curto, médio e longo prazo a tendencia de aumentar a sua dependência em produtos agrícolas se mantenha.Penso que para este problema, Portugal não tem maneira de dar a volta, pois, em relação a outros países da UE, é demasiado "pequeno" e não tem voz política nem poder económico, para combater as demais forças políticas que impõem as suas próprias medidas (que muitas vezes servem apenas interesses pessoais e económicos) e não se importam de "atropelar" aqueles, que por diversas razões (como geográficas ou políticas) não têm o mesmo poder.

redução da produção e o aumento da dependência externa

Em Portugal, o número de exportações é muito menor do que o número de importações.
O nosso país que é deficitário em bastantes tipos de produtos agrícolas tem a necessidade de importar aquilo que não produzimos.
A nível agrícola o nosso país é dependente, pois a União Europeia não nos deixa produzir e reduz ainda mais as quotas de produção para dar aos países que produzem mais.
É por tudo isto que Portugal esta a aumentar cada vez mais a sua dependência em relação ao exterior, que ao mesmo tempo, contribui para o desequilíbrio da nossa balança comercial.

Os baixos níveis de rendimento e produtividade agrícola

O predomínio dos minifundios

Um dos problemas da nossa agricultura, é a má utilização do solo.
Em Portugal, mais de metade dos solos têm uma boa aptidão para floresta (59,4%) e apenas cerca de um quarto (26%) são aptos para a agricultura. No entanto são utilizados para a mesma 39% e para o sector florestal, 35%. Ou seja, muito do solo que está a ser utilizado para a agricultura não tem aptidão agrícola.
No nosso país existem mais de quatro mil explorações agrícolas de dimensões e características variáveis.
No Continente, as explorações agrícolas concentram-se em maior número nas regiões da Beira Litoral e Entre - Douro e Minho. Predominam aqui os minifúndios. No Norte, em geral, o relevo acidentado, o carácter anárquico da reconquista, o parcelamento de terras pelo clero e Nobreza, a elevada densidade populacional, a partilha de heranças beneficiando igualmente todos os filhos, são factores que conduziram a uma excessiva fragmentação da propriedade. Esta, dificulta a mecanização agrícola e inviabiliza a rentabilização das propriedades.
Predomina em Portugal uma população agrícola envelhecida e com baixo nível de instrução.
De facto, cerca de 140 mil agricultores tem mais de 65 anos, cerca de 100 mil tem entre 55 e 64 anos, 80 mil tem idades entre os 40 e 54 anos. Apenas 20 mil agricultores têm menos de 39 anos.
Quanto ao nível de instrução, 20 % não sabe ler nem escrever, outros 20% (aproximadamente) sabe ler e escrever com muita dificuldade, um pouco mais de 50% tem apenas o 1º ou 2ºciclo e apenas uma percentagem ínfima (cerca de 1%) tem o 3ºciclo completo (dados do INE).
Desta forma, é difícil explicar aos agricultores idosos e com baixo nível de instrução, que é necessário inovar, aderir a novos métodos e técnicas ou mesmo que é preciso uma adaptação às normas comunitárias de produção e comercialização.
No contexto da União Europeia, somos o terceiro país com mais parcelas agrícolas de pequena dimensão (34%, com menos de 20 ha), e dos países com um menor número de tractores agrícolas por exploração (0,3 tractores por exploração). Somos, pelo contrário, o segundo país que tem mais população activa agrícola (EUROSTAT, 1998). Estes dados evidenciam uma agricultura em desvantagem face à maioria dos outros países, com um índice de mecanização baixo e um predomínio dos minifúndios e de uma agricultura de subsistência.

impacto da adesão da comunidade no sector agrícola

Portugal não beneficiou em nada com a adesão à comunidade, em relação, ao sector agrícola.
Quando o nosso país aderiu à U.E, esta já era auto-suficiente e pode-se dizer mesmo, excedentária, devido ao sucesso da primeira PAC (que aumentou os níveis de produção).
Em resultado da CEE se ter tornado uma potência agrícola, Portugal, que pretendia aumentar os seus níveis de produção, viu-se obrigado a fazer exactamente o contrário: reduzir os seus níveis de produção. Para além, do mais os produtos portugueses passaram a sofrer com a forte concorrência dos produtos dos outros países da U.E.

formas de m,odernização da agricultura Portuguesa

Modernizar a agricultura portuguesa é possível, apesar das imensas dificuldades a nível humano e económicos.
As estruturas agrárias, pelas propriedades devem-se reduzir o número dos minifúndios recorrendo ao emparcelamento que é uma forma que contribui para a modernização da agricultura pois agrupando minifúndios devem-se criar explorações de média dimensão que permitam a introdução de máquinas nas propriedades.
Os latifúndios devem ser diminuídos igualmente em numero ou ser totalmente aproveitados com culturas agrícolas e devem possuir ainda mais mecanização.
Devem-se especializar os agricultores para que estes possam trabalhar com máquinas nas suas explorações, praticar a monocultura e abandonar a policultura, para isso são necessárias acções de formação e mais apoios financeiros.
Deve-se investir e especializar-se em culturas agrícolas que sejam mais proveitosas aos diversos tipos de solo/clima e recorrer a novas culturas que sejam necessárias no mercado internacional. Apostar na produção de frutos tropicais, na floricultura que têm mercado garantido, na plantação de florestas em que a UE é deficitária e na agricultura biológica que é uma agricultura não poluente e que resultam produtos com qualidade.

Formas de Modernização da Agricultura

Bom, visto que a agricultura portuguesa está como tudo na sociedade portuguesa, às vezes mais vale deixar passar e não fazer nada. Mas temos de tomar consciência, ou pelo menos, apercebermo-nos que 11% da populçao activa portuguesa encontra-se no sector primário, sendo necessário encarnar o papel de verdadeiros "curandeiros".
Para tal podemos encontrar várias soluções para a modernização da agricultura como por exemplo: a floricultura, a agricultura biológica, a produção de culturas tropicais, a reflorestação, etc.
Mas estas medidas não podem ser de iniciativa de uma só pessoa, visto que assim não iriam ter reflexos na PAB nem no processo económico. Desta forma, seria necessário que estas medidas fossem apoiadas pelos diversos governos (que põem sempre para último plano o desenvolvimento sustentável na agenda política) e pela UE, que já apoia, sendo que o problema é o elevado índice de envelhecimento dos agricultores, que inviabliza a potencialização do espaço agrário.
Tanto a floricultura, como a agricultura e a política de reflorestação são medidas que são apoiadas pela UE, de forma a controlar a produção, acabando com os excedentes agrários e respeitando e valorizando o ambiente.
Em minha opinião, a floricultura seria a melhor aposta, visto que o mercado das flores ainda não está saturado, por se constituir como uma novidade. Portugal tem as condições naturais necessárias para a plantação de diversas culturas de flores, mas como o povo português tem a tendência de não apanahr o "comboio" quando deve e também porque por natureza é tacanho, não investe em coisas que realmente são produtivas e que possam, de algum modo, fazer frente a esta crise.
Em conclusão, penso que para modernizar a agricultura portuguesa é necessário haver uma mudança de mentalidade, porque com os mesmos agricultores de sempre não vamos passar do mesmo lugar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Formas de modernização da agricultura portuguesa

Apesar da agricultura ser uma actividade com uma imensa tradição em Portugal e necessário implementar algumas mudanças para que esta actividade seja mais produtiva. Com a introdução da agricultura biológica (apoiada pela UE) esta assume-se como uma resposta para o fracasso da agricultura de carácter tradicional que Portugal desenvolve. A importação de novas maquinas é uma necessidade urgente visto que os agricultores portugueses têm um índice de envelhecimento muito elevado, diminuindo, desta forma, o esforço empregue no cultivo das terras. O investimento na floresta também é importante para aproveitar os solos que se encontram expostos aos agentes erosivos. O emparcelamento traz algumas vantagens á modernização da nossa agricultura como o abandono da policultura, fazendo sobressair a agricultura biológica aumentando o valor nutritivo dos alimentos pois estes não utilizaram produtos químicos no seu desenvolvimento.

Impactos da adesão à comunidade Europeia

A agricultura portuguesa sofreu bastante com a adesão à Comunidade Europeia. Portugal apenas aderiu à Comunidade Europeia em 1986, quando esta já tinha atingido o objectivo de ser auto-suficiente, e, devido a essa situação, em 1993 a Política Agrícola Comum passou a ter como objectivos reduzir os excedentes agrícolas, ou seja, Portugal foi aconselhado a reduzir a sua produção,e, em vez de receber incentivos para a produção e para a qualificação da mão-de-obra a Comunidade Europeia queria que os agricultores se reformassem.

A redução da produção e o aumento da dependência externa

O Aumento da concorrência dos produtos nacionais face aos dos parceiros europeus (mais baratos) resultou numa gradual diminuição da produção nacional em contraponto a um aumento cada vez maior do consumo de produtos agrícolas com origem nos países comunitários.
Portugal é um dos países que mais importa do que exporta, pois necessita de importar produtos suficientes para toda a população. O que Portugal produz não chega para o consumo dos agricultores nem tão pouco para exportar.
A grande potência, China, produz em muita quantidade e mais barato, não deixando alternativa para Portugal, que continua a protelar uma agricultura de tipo tradicional, tendo uma produção fraca e cara.
Assim, Portugal fica cada vez mais em desvantagem, pois as estruturas agrárias e económicas não acompanharam o desenvolvimento das europeias, dificultando a concorrência dentro e fora do mercado livre da UE.