terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O despovoamento no interior do país

Acerca deste assunto, tenho várias coisas a dizer: Não sei de que se queixam! A encerrar urgências e maternidades, a não terem universidades (e já as escolas de 2º e 3º ciclos são a uns bons quilómetros das aldeias), as pessoas realmente têm de sair de lá! Qual é o jovem que no seu perfeito juízo vai querer continuar na aldeia em que cresceu, mesmo que goste muito dela, se esta não lhe der emprego e condições básicas? Acho que nenhum. Os idosos, esses sim, continuam ligados à sua aldeia, e acham que os jovens são uns suicidas ao preferirem a poluída e complicada cidade à pacatez e simplicidade do campo.
A verdade é que as condições que se fazem sentir no interior não são muito propícias para a fixação da população jovem, e quando esta abandona o interior, há um decréscimo da natalidade, e, consequentemente, um envelhecimento da população. As aldeias apenas vão ter de ficar à espera que os seus habitantes morram para se tornarem um local deserto (situação que pelo andar das coisas não vai demorar muito tempo, pois os jovens para lá é que não voltam).
Acho que deviam ser tomadas medidas para evitar o despovoamento do interior, pois até ao nível social este despovoamento vai trazer problemas. É que com a concentração de muita gente no litoral, vai haver uma diminuição do nível de vida (com bairros de barracas construídos por pessoas sem dinheiro para comprar casas, que são bastante caras, principalmente nos grandes centros do litoral). O ideal seria que a população tivesse um nível de vida bom, tanto no litoral como no interior.
Quanto a medidas que podiam ser tomadas para atenuar este despovoamento, acho que deviam ser implementadas, uma vez que se aumentava a qualidade de vida das pessoas que vivem nos dois sítios (litoral e interior), mas por outro lado acho que não vale a pena tomá-las porque já seriam introduzidas numa fase muito tardia, em que os jovens já abandonaram o interior por completo e não estariam muito interessados em voltar.

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