quinta-feira, 30 de abril de 2009

A exclusão social e a insegurança dos cidadãos

Cada vez mais se verificam fenómenos de exclusão social. Para além dos imigrantes ilegais e dos sem-abrigo que vêm ocupar os edifícios abandonados e degradados do centro da cidade, existem cada vez mais casos de pessoas que devido à perda de poder económico vêm engrossar estes números, o que faz com que os habitantes do centro da cidade (idosos que se mantêm lá por relações de afecto com a habitação e devido às baixas rendas), se sintam mais inseguros (que também é uma tendência natural dos idosos). Obviamente, qualquer pessoa se sente mais segura num local onde não haja pessoas a viver na rua.
Também nos subúrbios a situação de exclusão social se verifica. Aqui a situação ainda se torna mais grave, devido à falta de incentivos à reintegração social ou mesmo à integração (no Natal vemos as associações contra a pobreza a ajudarem os sem-abrigo de Lisboa e do Porto, mas nos subúrbios, onde se encontram, inclusivamente, segregações raciais, tudo continua na mesma e eles continuam com as suas actividades marginais). Aqui, até o policiamento é deficiente, pois têm medo de lá entrar!
Claro que aqui os cidadãos se sentem muito inseguros (quem é que não se sente inseguro quando sabe que sai da porta de casa e pode ser assaltado a qualquer momento?), exactamente porque os excluídos têm propensão a praticar vandalismo e actividades marginais (e, como tal, não são vistos com muito bons olhos).
No entanto, esta situação característica sobretudo de grandes cidades (que a princípio chamam toda a gente devido às possibilidades de encontrar emprego, entre outras regalias), não parece ter fim à vista (além de que mesmo quando existem meios de ajuda, alguns excluídos teimam em não ser ajudados nem em saírem da condição de excluídos).

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