segunda-feira, 5 de maio de 2008

As potencialidades das energias Renovaveis

O futuro energético encontra-se nas energias renováveis ou energias alternativas. Mas, será que estas também não têm as suas dificuldades e problemas?
Cada vez mais, se torna evidente o fim próximo das energias fósseis, como o carvão e o petróleo. Para tal, o Homem vê-se obrigado a encontrar novas soluções para o problema energético. Essa mudança gradual já teve início, aos poucos, novas formas de energia têm sido descobertas e implementadas, por todo o Mundo.
No Arquipélago da Madeira, o primeiro passo foi dado em 1983, ao ser instalado um sistema fotovoltaico na Selvagem Grande, que na altura se tratou de um projecto pioneiro, visto ser o primeiro painel fotovoltaico do país. A partir daí, para além de novos sistemas fotovoltaicos, também têm sido instalados aerogeradores e alguns sistemas híbridos, por todo o arquipélago.
Contudo, várias dificuldades surgiram nas várias instalações dos diferentes sistemas energéticos renováveis das ilhas. As principais dificuldades são impostas pela própria Natureza: declive acentuado, vales profundos e locais de difícil acesso são apenas algumas das dificuldades encontradas pelos vários engenheiros insulares que tentam aproveitar ao máximo o potencial energético da ilha, tentando a transformar num exemplo a seguir.
A exposição solar do nosso arquipélago é umas das melhores da Europa, e como tal, a energia solar tem sido fortemente adaptada e implementada nas diferentes ilhas Madeirenses. Tendo sido a vir instalada tanto por habitações madeirenses, como pelo Parque Ecológico do Funchal e algumas unidades fabris. Um exemplo disso, é uma pequena indústria funchalense, que usa energia fotovoltaica, cujo objectivo é a desidratação da banana, de modo a produzir a popularmente chamada "banana passa".
Apesar da grande vontade em dinamizar mais a energia solar, nem sempre isto é possível devido às condicionantes naturais, que impedem a exposição solar em certos locais isolados, onde a energia solar seria a melhor opção a tomar. Em muitos lugares das nossas ilhas, existe barreiras físicas como elevados montes e montanhas, vales profundos ou ainda alguma densidade florestal, que dificultam a exposição solar e tornam complicada a aplicação de algum sistema solar.
Quando nem a exposição solar, nem o vento são suficientes para instalar um sistema fotovoltaico ou um aerogerador, recorre-se por vezes a uma solução intermediária, um sistema híbrido que aproveita tanto a energia solar como a energia eólica. Esta alternativa foi aplicada em diversos locais, entre os quais, na Deserta Grande (Ilhas Desertas) e no Fanal (Ilha da Madeira), locais específicos em que a utilização de apenas uma energia renovável não seria suficiente, e muito menos rentável. Na Deserta Grande além da barreira física visível na foto à direita, ocorrem ainda derrocadas frequentes que no passado dia 5 de Junho ocasionou a destruição do sistema híbrido que subsistia grande parte dos aparelhos na casa dos vigilantes da Reserva Natural das Desertas, A equipa dos JRA da Escola Secundária Francisco Franco, efectuou uma das últimas saídas de campo à Deserta Grande, antes do seu encerramento a visitas, por questões de segurança.
A instalação de energias renováveis requer sempre estudos de prospecção, durante um mínimo de 2 a 3 anos, tendo como principal objectivo avaliar as potencialidades desse local quanto à aplicação de energias renováveis. No entanto, esses estudos podem, muitas vezes, não ser conclusivos por algumas vezes se trataram de 2 ou 3 anos excepcionalmente bons ou negativos e que não correspondem às condições naturais habituais.

Embora as condições naturais condicionem a aplicação de energias renováveis, tem-se tentando ao máximo arranjar soluções e alternativas para cada caso, de forma a preservar a beleza natural da Pérola do Atlântico, preservando e tornando-a cada vez mais independente das energias poluentes, fósseis, que trazem grandes desvantagens e problemas para o Ambiente…

stor leia isto:
O primeiro-ministro, José Sócrates, inaugurou esta manhã, em Viana do Castelo, uma fábrica de pás de rotor e lança a primeira pedra de outras duas infra-estruturas ligadas à produção de energia eólica. Na ocasião, o ministro da Economia, Manuel Pinho, assegurou que Portugal vai tornar-se exportador no sector da energia eólica. De acordo com a TSF, o ministro da Economia assinalou as potencialidades das infra-estruturas que serão inauguradas ou começadas a construir no sector das energias eólicas e que permitirão mesmo a Portugal tornar-se exportador neste sector. Manuel Pinho destacou ainda que a “aposta nas energias renováveis é verdadeiramente indispensável e é um exemplo que os outros países, mais tarde ou mais cedo, vão ter de seguir”.A uma fábrica está integrada num "cluster" eólico que vai criar 1200 postos de trabalho naquele concelho. Ainda segundo a TSF, José Sócrates preside também ao lançamento da primeira pedra de outras duas fábricas deste "cluster", uma das quais de geradores e mecatrónica e uma outra de torres de betão. Estas três infra-estruturas serão construídas pelo consórcio “Energias de Portugal”, vencedor do concurso para a instalação de 1200 megawatts de potência eólica.

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