segunda-feira, 19 de maio de 2008

A escassez de água no mundo

A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU - Organização das Nações Unidas - fica claro que controlar o uso da água significa deter poder. Em regiões onde a situação de falta de água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países do Continente Africano, onde a média de consumo de água por pessoa é de dezanove metros cúbicos/dia, ou de dez a quinze litros/pessoa. Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia. Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico. Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso a água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas (43% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico. Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água. Vivemos num mundo em que a água se torna um desafio cada vez maior. A cada ano, mais 80 milhões de pessoas clamam por seu direito aos recursos hídricos da Terra. Infelizmente, quase todos os 3 bilhões (ou mais) de habitantes que devem ser adicionados à população mundial no próximo meio século nascerão em países que já sofrem de escassez de água. Já nos dias de hoje, muitas pessoas nesses países carecem do líquido para beber, satisfazer suas necessidades higiénicas e produzir alimentos. Numa economia mundial cada vez mais integrada, a escassez de água cruza fronteiras, podendo ser citado com exemplo o comércio internacional de grãos, onde são necessárias 1.000 toneladas de água para produzir 1 tonelada de grãos, sendo a importação de grãos a maneira mais eficiente para os países com deficit hídrico importarem água.Calcula-se a exaustão anual dos aquíferos em 160 bilhões de metros cúbicos ou 160 bilhões de toneladas. Tomando-se uma base empírica de mil toneladas de água para produzir 1 tonelada de grãos, esses 160 bilhões de toneladas de deficit hídrico equivalem a 160 milhões de toneladas de grãos, ou metade da colheita dos Estados Unidos.Os lençóis freáticos estão hoje caindo nas principais regiões produtoras de alimentos: • a planície norte da China; • o Punjab na Índia e • o sul das Great Plains dos Estados Unidos, que faz do país o maior exportador mundial de grãos.A extracção excessiva é um fenómeno novo, em geral restrito a última metade do século.Só após o desenvolvimento de bombas poderosas a diesel ou eléctricas, tivemos a capacidade de extrair água dos aquíferos com uma rapidez maior do que sua recarga pela chuva.Além do crescimento populacional, a urbanização e a industrialização também ampliam a demanda pelo produto. Conforme a população rural, tradicionalmente dependente do poço da aldeia, muda-se para prédios residenciais urbanos com água encanada, o consumo de água residencial pode facilmente triplicar.A industrialização consome ainda mais água que a urbanização. A afluência (concentração populacional), também, gera demanda adicional, à medida que as pessoas ascendem na cadeia alimentícia e passam a consumir mais carne bovina, suína, aves, ovos e lacticínios, consomem mais grãos.Se os governos dos países carentes de água não adoptarem medidas urgentes para estabilizar a população e elevar a produtividade hídrica, a escassez de água em pouco tempo se transformará em falta de alimentos.Estes governos não podem mais separar a política populacional do abastecimento de água.Da mesma forma que o mundo voltou-se à elevação da produtividade da terra há meio século, quando as fronteiras agrícolas desapareceram, agora também deve voltar-se à elevação da produtividade hídrica.O primeiro passo em direcção a esse objectivo é eliminar os subsídios da água que incentivam a ineficiência.O segundo passo é aumentar o preço da água, para reflectir seu custo. A mudança para tecnologias, lavouras e formas de proteína animal mais eficientes em termos de economia de água proporciona um imenso potencial para a elevação da produtividade hídrica. Estas mudanças serão mais rápidas se o preço da água for mais representativo que seu valor.

7 comentários:

Barbara disse...

Grande comentario e é tao bom como grande parabens!

Barbara disse...

Este comentario sobre "A escassez de água no mundo" esta muito bem organizado da forma como escreve, e contem toda a informaçao necessaria, nao acrescentaria nada.

Filipe Mateus disse...

Bem não vejo nada de negativo a apontar ao teu comentario pois é fácil de se ler é explicito objectivo e não falta nada, não fugiste ao tema e não te esqueces-te de nada. falaste da má distribuição de agua, da sua gestão, na sua utilização tudo... ou seja exelente.

[M']argaridaa disse...

Este comentario sobre a escassez de água no mundo esta bastante completo. nao encontro nenhum aspecto negativo, esta organizado e falo de tudo um pouco sobre o tempo assinalado.

nessa disse...

O teu comentário apresenta todas as ideias sobre a escassez de água no mundo.

bom trabalho

liliana disse...

O teu comentário está muito bom... Falas da má distribuição da água e da sua má gestão...
Não tenho nada de negativo a apontar a este trabalho ....
bjtos...

fábiO vilela! disse...

texto explicito, e referes todas as ideias principais, embora podesse ser menos extenso. :b