sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A dependencia energetica do nosso país

A forte dependência energética externa do nosso País -80% a 90% da energia que consumimos é importada – impõe um crescente investimento em todas as soluções tecnológicas que possam conduzir a uma maior eficiência na forma como utilizamos a energia, bem como a uma diversificação das fontes de abastecimento.
Aumentámos substancialmente os nossos valores energéticos no sector doméstico e também no sector dos transportes. Estes dados tornam claro que em termos de poupança e eficiência energética o nosso país vai exactamente no caminho inverso àquele que seria necessário concretizar para beneficiarmos em termos económicos e ambientais.
Esta consequência da ausência de uma estratégia para a energia, baseada na maior eficiência, tem consequências profundamente gravosas a diversos níveis.
Desde logo, temos obrigações, decorrentes do acordo de partilha de responsabilidades com vista ao cumprimento do protocolo de Quioto, que nos obriga a não aumentar em mais de 27% as nossas emissões de gases com efeito de estufa (onde o CO2 tem um papel muito significativo, e consequentemente todo o sector dos transportes) até aos anos de 2008 a 2012, com valores de referência de 1990. Só
para termos uma ideia, actualmente já aumentámos essas emissões em mais de 40%.Por outro lado, o nosso país depende em quase 90% do exterior em termos energéticos, e dentro desse valor dependemos em cerca de 60% do petróleo. Aqui está uma dependência que nos torna vítimas incontornáveis da crise do petróleo a que se tem vindo a assistir, e que é bem demonstrativa da irresponsabilidade e incompetência dos Governos em relação ao sector energético.

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