A indústria extractiva em Portugal entrou num ciclo vicioso. Á medida que se torna mais pobre pior se consegue sustentar e consequente e obviamente mais pobre ainda fica. Este progressivo empobrecimento da indústria extractiva portuguesa deve-se a vários factores.
Primeiramente os nossos minérios apresentam um fraco teor. Por cada tonelada extraída pouco se aproveita. Este facto encarece os minérios extraídos.
Também a concorrência presente no mercado internacional nos mostra desafios. Há outras ofertas melhores e mais baratas. Como por exemplo, o nosso urânio é desafiado pelo o urânio chinês que é muito mais barato (já que a mão-de-obra na China é ao preço da chuva…). Apenas o nosso mármore permanece procurado o suficiente para que seja sustentável a sua exploração.
Numa densa rede de causas e consequências cujo início e o fim acabam por ser o mesmo a extracção mineira em Portugal tornou-se cada vez mais insuportável. Porque o teor é fraco e a procura também encontramo-nos sem dinheiro para inovar as técnicas de extracção, o que leva a que esta seja feita de uma forma demasiado rudimentar e por isso demasiado cara, ou seja, porque se torna demasiado cara deixa de ter procura, o que vai fazer com que, mais uma vez, não haja dinheiro para investir e desenvolver esta indústria.
Entrámos num ciclo vicioso e a saída parece estar longe, enquanto ninguém parece querer investir (e pelos vistos com razão) na nossa indústria, salvo raras excepções de empresas estrangeiras com fé de encontrar minérios preciosos.
(Conclusão: está mal!)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário