quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O declínio da indústria extractiva portuguesa

A indústria extractiva em Portugal atravessa algumas dificuldades. Aquelas minas que extraem minério considerável para poderem ser chamadas de "minas que contribuem para a economia do país" são apenas duas: a mina da Panasqueira e a mina de Neves Corvo. De facto, estas minas (que são modernas), contrariam a tendência do que se passa em Portugal. Existem vários obstáculos que se colocam ao desenvolvimento da indústria extractiva, e isso vai fazer com que haja um declínio desta mesma indústria. Factores como a difícil acessibilidade das minas (por ser lá difícil chegar e transportar daí o minério), o fraco teor do minério extraído (sendo necessário extrair muito minério para obter algum metal), a pequena dimensão das empresas e a fraca capacidade financeira (que faz com que muitas empresas deste ramo fechem por não se conseguirem modernizar), a redução dos preços dos metais nos mercados internacionais devido à concorrência (o que faz com que não consigamos vender os nossos minério porque outros povos os vendem a um preço muito mais barato) e o jogo de substituições de produtos metálicos na indústria automóvel e das telecomunicações (passando a usar-se menos metal) dificultam o desenvolvimento da indústria extractiva no nosso país.
É certo que os factores que referi anteriormente não incentivam o desenvolvimento desta indústria, mas existe ainda outro: o facto de nos ficar mais barato importar certos minérios!
Quanto ao sucesso da indústria extractiva, talvez passasse pelo mármore ( que é de boa qualidade e os árabes até gostam), mas seria necessário investir na indústria transformadora, pois o que nós exportamos é o minério, sendo que quem acaba por lucrar mais é quem o transforma.

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