quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A redução da produção e o aumento da dependência externa

Temos também uma forte dependência externa, evidenciada pela balança comercial de produtos alimentares com um saldo negativo em muitos dos seus produtos. Destacam-se os Cereais. Portugal tem uma taxa de auto – suficiência de apenas 38%, o que implica uma importação de 62 % do total de que necessitamos. Portugal necessitou de importar entre 1992 e 1996, uma média de 2 milhões de toneladas de cereais, que ultrapassaram os 120 milhões de contos .
Com uns níveis de rendimento e produtividade baixos, torna-se fundamental investir na modernização do sector agrícola e a torna-lo mais competitivo nos espaços nacional e europeu.
É preciso fazer estudos prévios aos solos de forma a adequar a aptidão dos mesmos ao seu uso.
Actualmente, as principais limitações aplicam-se a quase todos os sectores, sendo os mais sensíveis os cereais, as vacas leiteiras, os bovinos machos, o leite, o algodão, o açúcar e o azeite. Feitas as contas, entre os pedidos de pagamento e as áreas elegíveis para cada cultura, concluiu-se que para a generalidade das culturas os limites de produção não têm constituido de facto uma limitação à produção nacional. Por outro lado, é importante notar que, no início, a produtividade de referência foi estabelecida de forma a permitir futuros aumentos de produtividade, o que efectivamente não chegou a acontecer. Hoje em dia a produtividade de referência é 20% superior à produtividade real. Finalmente chama-se a atenção para o aumento significativo das áreas em set-aside, que em 2002 atingiu cerca de 22% da área total.Portugal nunca foi um país que fosse auto-suficiente nos produtos agrícolas e com a implimentação da Nova PAC este desejo de ser excedentário ou pelo menos ter a capacidade de cobrir as susa próprias despesas está longe de ser realizado, logo, podemos esperar que a curto, médio e longo prazo a tendencia de aumentar a sua dependência em produtos agrícolas se mantenha.Penso que para este problema, Portugal não tem maneira de dar a volta, pois, em relação a outros países da UE, é demasiado "pequeno" e não tem voz política nem poder económico, para combater as demais forças políticas que impõem as suas próprias medidas (que muitas vezes servem apenas interesses pessoais e económicos) e não se importam de "atropelar" aqueles, que por diversas razões (como geográficas ou políticas) não têm o mesmo poder.

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