terça-feira, 18 de novembro de 2008

Formas de Modernização da Agricultura Portuguesa

Há, de facto, formas de modernização da agricultura, no nosso país. A questão que se coloca são os problemas que se atravessam no caminho, como a nossa fraca capacidade financeira e a má vontade (à falta de melhor termo) da parte de muitos agricultores no que toca a esta modernização.
Em Portugal, pelo facto da agricultura ser praticada em minifúndios (cujos terrenos são utilizados para o autoconsumo) e latifúndios (cujos proprietários aproveitam para ganhar algo com a área, trabalhando-a com a intenção de fornecer o mercado, lucrando) e não em explorações de média dimensão, torna-se difícil a implementação de algumas alternativas como a agricultura biológica (que conquistaria de imediato um lugar no mercado internacional), a floricultura (que seria uma boa aposta devido ao nosso clima), a plantação de áreas de floresta (que é o que a UE quer que façamos), a introdução de novas culturas como os produtos tropicais (prática que já está a estabelecer-se) e ainda apostar na mecanização (o que contribuiría para o aumento da nossa produção). Os obstáculos que se impõem a estas medidas são o facto de muitos dos nossos agricultores utilizarem as suas explorações para o autoconsumo, por não terem outra alternativa de susbsistência (sendo que substituír estas explorações por árvores e jardins não seria uma boa alternativa para a sua mesa); no caso da agricultura biológica, são necessários algum conhecimento sobre o assunto e capacidade económica (coisas que o típico agricultor português não tem); em relação à mecanização, já é de conhecimento geral que esta só se poderá efectivamente estabelecer quando os agricultores deixarem de ter aquela má vontade e facilitarem o processo de emparcelamento, que permitirá a utilização de máquinas.

Sem comentários: