quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O predomínio dos minifúndios

Como constatamos anteriormente, a estrutura fundiária portuguesa é bastante desequilibrada, sendo que, na agricultura portuguesa temos um predomínio dos minifúndios.
Em relação às propriedades agrícolas, o nosso país divide-se em minifúndios no Norte Litoral e latifúndios no Alentejo.
Os minifúndios predominam no Norte Litoral sendo também no nosso país, em maior número que os latifúndios devido às características do solo, pois este é mais fértil que no interior do país, devido ao facto de muitos agricultores quererem deixar as terras para herança levando a que haja mais divisões e porque este é o único meio de subsistência dos agricultores pois as reformas são baixas e não permitem a subsistência dos agricultores sem recorrerem à agricultura. Estas explorações agrícolas de reduzida dimensão (normalmente têm menos que 5 Ha), têm uma ocupação intensiva, pratica-se a policultura, e o destino da produção é para auto-consumo. Estas explorações agrícolas tornam-se um entrave ao desenvolvimento da agricultura portuguesa visto que são de reduzida dimensão e não permitem a entrada de mecanização, nem a especialização cultural.
Penso ser que este predomínio dos minifúndios será um problema difícil de resolver, pois o emparcelamento seria uma óptima solução pois permitiria agregar as pequenas propriedades diminuindo o seu elevado número mas aumentando o tamanho das propriedades permitindo a mecanização, uma melhor prática agrícola, um rendimento mais elevado tal como uma maior produtividade, mas a teimosia dos agricultores em não deixar os campos e agricultura, muitos com razão pois não poderiam sobreviver com as baixas reformas e outros que não deixam a actividade por serem mesmo teimosos e quererem mesmo ficar com as terras como sinal de posse. Resta apenas que o Estado tome medidas que permitam a sobrevivência dos agricultores sem que estes recorram à agricultura (nomeadamente com a atribuição de subsídios e aumento das reformas) e que os agricultores mais teimosos tenham bom senso e abdiquem dos campos que já não necessitam.

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