terça-feira, 18 de novembro de 2008

O Impacto da Adesão à Comunidade no Sector Agrícola

Todos nós sabemos que o nosso país não ficou propriamente a ganhar (como se esperava) com a adesão à comunidade no sector agrícola. Primeiramente, em 1962, os objectivos principais eram o aumento das produções agrícolas (de modo a tornar a CEE auto-suficiente), melhorar o nível de vida da população rural e tornar a CEE uma potência agrícola. As medidas implementadas para atingir estes objectivos passaram pelo desenvolvimento da investigação agrícola, a garantia de mercado e, por fim, a criação de incentivos à produção. Esta primeira PAC teve bastante sucesso, pelo que a CEE acabou por se tornar,de facto, excedentária em produtos agrícolas. E quando é que Portugal entra na comunidade? Precisamente em 1986, quando a UE já armazenava os cereais, a carne, leite, ovos, praticamente tudo o que produzia. Lá íam os portugueses lançados, convencidos de que íam contribuir enormemente para a produção agrícola europeia... e somos, então, aconselhados, ou melhor, obrigados a reduzir a nossa produção, sendo que a UE criava incentivos aos países que produziam mais (entre os quais nunca estariamos nem que nos agarrássemos a um tractor o resto das nossas vidas). E para ajudar mais ainda, somos bombardeados com a super concorrência de produtos de países contra os quais não podemos competir.
Devido ao impedimento que nos impõem no que toca à produção, somos deficitários em determinados produtos, que acabamos por ter de importar, muitas vezes com elevados custos.
No caso do nosso país, tudo aponta, portanto, para o contrário do que esperavamos em termos de produção.

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