quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O impacto da adesão à comunidade no sector agrícola

Portugal perdeu bastante quando aderiu à comunidade no sector agrícola. A comunidade teve uma primeira PAC (Política Agrícola Comum), que entrou em vigor em 1962. Esta tinha como objectivos aumentar as produções agrícolas (tornando a CEE auto-suficiente), melhorar o nível de vida da população rural e tornar a CEE numa potência agrícola. Uma das medidas tomadas para atingir estes objectivos foi a criação de incentivos à produção.
Infelizmente, Portugal entra na comunidade em 1986, quando esta já começava a ser excedentária, o que fez com que Portugal fosse aconselhado a reduzir a sua produção, mesmo quando os interesses nacionais apontavam para o contrário. Ainda por cima, a UE dava incentivos a quem já produzia mais (não tendo dado, assim, oportunidade para o desenvolvimento da agricultura portuguesa), e, ainda a juntar a esta situação, encontramos o facto do nosso país ter sido "invadido" por produtos dos outros países (e contra os quais não podia competir).
Com todas estas medidas a impedir a produção portuguesa, só nos resta importar, importação essa que também está condicionada, pois agora somos obrigados a importar os produtos em que somos deficitários aos outros países da comunidade, mesmo que estes os vendam a preços mais elevados do que outros países (ou seja, ainda se contribui mais para o gasto com as importações).

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